23 março 2010

Jardim Botânico


O Jardim Botânico de Coimbra é um dos mais ricos em espécies exóticas de todo o Mundo. A sua fundação deve-se a Marquês de Pombal e constituiu uma das etapas da modernização da Universidade.
No ano de 1773 foi escolhido o lugar pelo arquitecto Elsden. A sua entrada nobre situa-se junto dos arcos do Aqueduto, tendo sido construída em 1843. Junto a esta entrada foi colocada uma estátua, do escultor Soares dos Reis, evocativa ao Dr. Avelar Brotero, notável botânico.

Edifício de Museu de História Natural

O Museu de História Natural ocupa parte do antigo Colégio das Onze Mil Virgens, que pertencia à Companhia de Jesus, ficando vago em 1759, após a expulsão da ordem do país. Em 1772, D. José I autorizou Marquês de Pombal a dar-lhe o destino que julgasse preferível, dentro do plano da reforma da Universidade.
Esta foi a primeira construção levantada em Portugal, e um das primeiras do mundo, destinada às Ciências da Natureza e à Experimentação.

Laboratório Químico

Encontra-se a nascente do Museu de História Natural e é obra do terceiro quartel do século XVIII. Projectado pelo arquitecto Guilherme Elsden, ocupa o espaço das antigas cozinhas do Colégio das Onze Mil Virgens. No interior há amplas e bem iluminadas salas com equipamento químico, hoje ocupadas por departamentos universitários.

Universidade de Coimbra

Foi à Universidade que Pombal dedicou maior atenção. Em 1772, a Universidade recebe solenemente da mão de Pombal os seus novos estudos. Estes configuram uma reforma radical no que toca às matérias ou aos métodos de ensino, que passam a ser orientados por critérios racionalistas e experimentais.
Assim, são criadas duas novas faculdades, a de Matemática, que se reconhece como base imprescindível ao progresso das ciências, e a de Filosofia, englobando os cursos de Ciências Experimentais, Física Experimental e Química.
Para apoio desta faculdade organiza-se um moderno e bem equipado laboratório de Química, cria-se um Jardim Botânico e um importante Observatório Astronómico.

Introdução

Considerando a ignorância o maior entrave ao progresso dos povos, a filosofia iluminista, adoptada por Pombal, colocou o ensino no centro das preocupações. É com base na sua laicização que, em 1759, ocorre a expulsão dos Jesuítas, ordem que, por vocação, sempre se dedicara à docência, obrigando ao encerramento de muitos colégios e privando muitas instituições dos professores que aí ensinavam. Devido ao ensino jesuíta, nomes como Descartes ou Newton eram expressamente banidos do currículo português, limitando-se os estudantes a decorar velhos textos clássicos.
Encontramos em Coimbra diversos colégios desta índole, como o Colégio de S. Pedro, o Colégio de S. Jerónimo ou o Colégio das Onze Mil Virgens, que posteriormente foram anexados à Universidade de Coimbra.

Reforma Pombalina

Cronologia
1750 – Sebastião José de Carvalho e Mello inicia como secretário dos Negócios Estrangeiros;
1755 – Terramoto de Lisboa;
1756 – Criação da Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro;
1758 – 1º atentado a D. José I e ordem de prisão à família Távora;
1759 – Expulsão dos Jesuítas e início da reforma do ensino;
1760 – Criação do Erário Régio;
1761 – Abolição da Escravatura na metrópole;
1768 – Instituição da Real Mesa Censória;
1769 – Foi outorgado a Sebastião José de Carvalho e Mello o título de Marquês de Pombal;
1772 – Reforma da Universidade de Coimbra;
1775 – Inauguração da estátua equestre de D. José I;
1777 – Morte de D. José I e inicio do reinado de D. Maria I.

Marquês de Pombal

Oriundo da pequena nobreza, Sebastião José de Carvalho e Mello (1699 - 1782) foi a personalidade mais emblemática e polémica do século XVIII português. Após exercer cargos diplomáticos em Londres e Viena, é convidade em 1750 para o governo de D. José I, onde acabou por ter mais poder que o próprio rei.

Nos 27 anos em que deteve o poder Pombal implementou um vasto conjunto de medidas, abrangendo as mais diversas áreas, como economia, as finanças, as instituições governativas, o ensino, entre outros.

(Biblioteca Joanina - continuação)

Exterior
Exteriormente assemelha-se a um vasto paralelepípedo, onde se salienta o portal nobre, de estilo barroco, encimado por um grande escudo nacional do tempo do monarca que a mandou construir (D. João V).

Interior
O andar nobre é, fundamentalmente, constituído por três grandes salas, comunicantes por arcos de estrutura indêntica à do portal. As paredes são cobertas por estantes de dois andares, de madeiras exóticas, douradas e policromadas, num conjunto de rara beleza e nível artístico.
Lateralmente, e em cada sala, abrem-se pequenas portas, comunicando com depósitos ou com gabinetes de leitura.
No piso inferior, a que se tem acesso através das Escadas de Minerva, há uma grande sala abobadada de tijolo, que se destinava a arrumos e depósitos de livros, funcionando hoje como sala de exposições.
Toda a sua arquitectura envolve o retreato de D. João V que, colocado na parede do topo do edifício, na última sala funciona como "ponto de fuga" da Biblioteca. A dourada moldura da tela imita uma cortina que se abre para exibir, numa "esplendorosa composição alegórica", o rei.

Actualmente
A Joanina reune 70 mil volumes, a maior parte dos quais no andar nobre, o único dos três pisos do edifício aberto ao público. Aí se conservam os principais fundos de Livro Antigo (documentos até 1800) da Universidade.


Biblioteca Joanina


D. João V
D. João V, 25º rei de Portugal desde 1707, nasceu em Lisboa, no Palácio da Ribeira, a 22 de Outubro de 1689 e morreu em Lisboa a 31 de Julho de 1750.
Dotado de uma personalidade culta e forte, D. João V tornou o seu reinado culturalmente rico, benificiando dos rendimentos fornecidos pela descoberta das jazidas de ouro e diamantes do Brasil.
O nome do rei está ligado a reformas de ensino e de cultura das elites, sendo responsável do Real Convento de Mafra, da Real Academia Portuguesa de Históriam, da introdução da ópera italiana em Portugal e da fundação da Biblioteca Joanina no pátio da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Introdução
A construção da Biblioteca Joanina, ou Casa da Livraria, Começou no ano de 1717, no exterior do primitivo perímetro islâmico, sobre o antigo Paço Real, com o objectivo de albergar a biblioteca universitária de Coimbra, e foi concluída em 1728. Desconhece-se o autor do projecto, ma o arquitecto que o executou foi Gaspar Ferreira, que era então o mestre permanente das obras da Universidade, sendo o empreiteiro João Carlos, construtor conimbricense.

Casa de Sub Ripas



Construída no século XVI, divide-se em dois blocos: a Casa do Arco e a Casa de Torre. A construção não obedeceu a qualquer plano prévio, aproveitando as contruções pré-existentes.

Os principais motivos artísticos da Casa do Arco são a decoração naturalista manuelina, do seu portal e das janelas. O plano da Casa da Torre, nomeadamente o pátio, é já Renascentista. O seu principal motivo de interesse reside nas largas dezenas de baixos relevos que ostenta nas suas paredes exteriores.

Jardim da Manga


Nas traseiras do mosteiro de Santa Cruz situa-se o Jardim da Manga, construção renascentista anteriormente localizada no centro de um dos três claustros do mosteiro.

O conjunto é composto por um corpo central formado por uma cúpula com um lanternim assente sobre oito colunas e por quatro capelas.

É uma das principais fons uitae da arquitectura europeia.

Real Colégio das Artes


Em 1568, começou a construção do edifício, apesar de o colégio ter sido fundado vinte anos antes. Sofreu inúmeras alterações, tendo sido adaptado a Liceu e, em 1853, a hospital. Destacam-se alguns elementos artísticos de interesse, como o portal principal, a sul, barroco e datado de 1715 ou a capela barroca com uma série de pinturas alusivas a santos da Companhia de Jesus.

As instalações foram, novamente, alteradas aquando da grande reforma da Universidade levada a por Marquês de Pombala partir de 1772, por se encontrarem em mau estado de conservação e para as adaptar às novas exigências pedagógicas.

Museu Nacional Machado de Castro



Aqui residiram os bispos conimbricenses desde o séc. XII, época a que pertence uma porta da cerca privativa, de duplo arco ultrapassado e de evidente carácter mudéjar. Beneficiou de duas grandes reformas: uma durante o governo de D. Jorge de Almeida e outra no tempo de D. Afonso Castelo Branco, nos últimos anos do século de quinhentos e primeiros da centúria seguinte. São da iniciativa deste último prelado a porta principal do pátio, de estilo maneirista, a bela varanda de duplo andar que fecha este mesmo pátio do lado do rio.

Do Renascimento e da Época Manuelina são inúmeras as obras de valor.

O conjunto de pintura é de grande valia, destacando-se a quinhentista em que avultam os nomes dos conimbricenses Vicente Gil e Manuel Vicente.

As peças de ouriversaria situam-se cronologicamente entre os séculos XII e XIX.

16 março 2010

Cronologia do Renascimento

1453-Queda de Constantinopla
1455- Bíblia de Gutenberg
1494-Tratado de Tordesilhas
1496-Expulsão dos Judeus e Mouros de Portugal
1498- Vasco da Gama na Índia
1502-Inicio das obras no Mosteiro dos Jerónimos
1503-Leonardo Da Vinci: Gioconda
1504-Miguel Ângelo: David
1506- Inicio das obras de S. Pedro do Vaticano
1511-Erasmo: Elogio da Loucura
1517-95 Teses de Lutero
1536-Inquisição em Portugal
1545- Concilio de Trento
1547- Colégio das Artes em Coimbra
1572- Luís de Camões: Os Lusíadas
1597- Shakespeare: Romeu e Julieta

Renascimento


O Renascimento decorreu, aproximadamente, entre o séc. XIII e XVII. O período foi marcado por transformações na cultura,sociedade, economia, política e religião, que assinalaram o fim da Idade Média.Chamou-se Renascimento devido à redescoberta e revalorização das referências culturais da Antiguidade Clássica, em direcção a um ideal humanista e naturalista. Manifestou-se primeiramente nas cidades da região italiana da Toscana.A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém, manifestações renascentistas também ocorreram na Alemanha, Inglaterra e Países Baixos e, com menor expressividade, em Portugal e Espanha.

09 março 2010

Arco de Almedina



A Porta de Almedina, cuja base remonta ao século IX, era uma das principais entradas da cidade, franqueando o acesso ao Bairro Alto. No século XV, durante reinado de D. Manuel, o Arco de Almedina foi remodelado. Este e a torre de vigia faziam parte do complexo de defesa desta entrada, que possuía outra cortina de muralhas mais avançada, a ocidente, a Barbacã, de construção posterior.

Santa Clara-a-Velha

O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha situa-se em Coimbra, na margem esquerda do Mondego. Foi mandado construir por D. Isabel de Aragão, em 1314.
Ao mestre Domingos Domingues devem-se os primeiros trabalhos de construção que decorreram de 1316 até 1325, sendo depois sucedido por Estêvão Domingues. Estêvão cobriu a nave central de uma abóbada de berço quebrado sustentada em arcos de grande porte.
Este templo inscreve-se, pela sua importância enquanto estaleiro-escola, numa conjuntura de gradual influência e aceitação dos Franciscanos na corte e na sociedade em geral, sendo a rainha D. Isabel particularmente dedicada à Ordem.